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quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais poesia!!!

Hoje estou postando um poema muito bonito de alguém muito especial, Roseli, minha ex-aluna e eterna amiga, colega no mundo das palavras. A Rose é um ser iluminado que passou pela minha vida. Uma menina doce, poeta nata, abençoada!!! Um dia você poderá ler os poemas que ela cria em um belo livro!! Isso é uma promessa!! Com vocês: 


Oração de um Poeta

Oh, meu bom Senhor!
Me cubras com tuas mãos
Me enchas de amor
E de inspiração

Que o meu talento
Ajude muitas pessoas
Sendo assim, como o vento
Que por muitos ares, voa

Que a tua voz aconchegante
Seja a minha eterna inspiração,
Que me ajudes a seguir adiante
Com as forças do coração

Protejas as crianças
E aqueles que me ajudaram
Que me deram esperança
E que a minha vida mudaram

Que em cada oração
tu estejas ao meu lado
Segurando minha mão
Em mais um dia abençoado

Oh, senhor! És muito bom!
Deste-me esse presente
Que considero um dom
E algo surpreendente!
Amém!
(Roseli Vieira dos Santos Bischoff)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Para um dia chuvoso...

Um dia quase perfeito

Dia de feriado, chuvoso, um friozinho gostoso e um vento forte soprando lá fora. Um dia desses em que o melhor a fazer, é ficar dentro de casa, assistindo a um filme e comendo uma pipoquinha deliciosa, de preferência, com um ¨cobertor de orelha¨ para fazer companhia. Tudo perfeito, só faltava a pipoca, mas nada que não possa ser resolvido. Afinal, o carro foi feito para nos servir e eu faria o que tinha que ser feito para comer as desejadas pipocas.
Tomo coragem e saio apressado em direção à garagem, entro no carro e sigo até o supermercado mais próximo. Infelizmente esse supermercado estava fechado, mas nada iria estragar aquele dia maravilhoso. Continuo o percurso e vou até o supermercado que fica do outro lado da cidade, aquele era certo que não fechava em feriado. Levei uns 30 minutos para chegar lá, mas consegui encontrá-lo aberto.
Perdi um tempinho para estacionar, o fluxo de veículos era intenso, mas deu tudo certo. Procurei meu guarda-chuva e não o encontrei, havia retirado no dia anterior e não coloquei no lugar. 
Resolvi dar uma corridinha e cheguei, não muito molhado, ao supermercado. Entrei e fui logo procurando o que me trouxe até ali. Ao encontrar me deparei com uma prateleira contendo diversos tipos de pipoca. Nossa! Era pipoca para panela, para microondas. Pipoca com sabor, pipoca light, pipoca natural. Comecei a ficar em dúvida de qual pipoca eu deveria escolher. Para não perder mais tempo peguei o primeiro pacote que minha mão tocou. Enfrentei uma baita fila. Paguei direitinho, e por falar nisso, que pipoca cara aquela.
De volta ao carro, entrei e estava pronto para ir embora, porém, o carro não ligou. Tentei ligar várias vezes e nada. Acabei tendo que chamar um mecânico. Esperei mais meia hora até ele chegar. Ele deu uma rápida olhada e em questão de segundos o carro estava funcionando. Isso é uma coisa mágica mesmo, esses mecânicos devem ter um imã que faz o carro funcionar, porque chega a ser inexplicável uma coisa dessas, em segundos conseguem o que não conseguimos em horas, dias.... Paguei o mecânico com cheque, porque dinheiro eu não tinha ali comigo, isso porque a intenção era só comprar as minhas pipocas. Mas tudo resolvido, ainda estava disposto a fazer tudo àquilo que eu havia planejado.
Ao retornar, estacionei o carro no pátio e fui correndo para dentro de casa. A pressa e o descuido fizeram com que eu escorregasse na calçada. O tombo foi leve, mas me sujei por completo. Minha companheira já estava preocupada, nunca imaginou que eu levaria duas horas para voltar com a pipoca, normalmente faço isso em 15 minutos. Expliquei tudo durante o banho. Coloquei uma roupa limpa e confortável. Logo depois  fomos juntos para a cozinha preparar a pipoca. Tudo realmente perfeito, mesmo depois dos obstáculos que passei. "No final dá tudo certo", assim minha mãe sempre dizia, e tenho que concordar que estava tudo andando às mil maravilhas a partir daquele instante. 
Peguei a pipoqueira, derramei um pouco de óleo, deixei esquentar e coloquei as pipocas. Fechamos a panela e ficamos ali abraçadinhos esperando para começar o estalar das amarelinhas poderosas . Já tinha passado tempo suficiente para que elas fizessem a festa na panela, mas nada aconteceu. Retiramos a tampa e elas estavam lá como antes, nada de formas branquinhas e fofinhas como ocorre com a maioria das pipocas. Reparei que estavam menores como as que eu conhecia, mas com tanto tipo de pipoca essa deveria ser mais uma variedade. Deixamos mais um tempo e já estava cheirando a milho queimado. 
Mas o que estava havendo? Essas pipocas estavam estragadas? O que tinha de errado com aquelas pipocas? Será que estavam vencidas, nem me dei ao trabalho de ver a validade, aliás nem li o tipo de pipoca que levei. Procurei pelo pacote para ver se o produto estava vencido. Tudo certo estava longe da data de vencimento. O que havia então? Procurei pelo pacote e foi nessa hora que descobri o que ocorria. Aquela substância em formato de milho que eu havia comprado não eram pipocas, e sim CANJICAS. Não podia acreditar no que eu estava lendo. Como pude ser tão tolo em comprar canjica pensando que fossem deliciosas pipocas? 
É, elas jamais iriam estourar em panela nenhuma. O que fazer agora? Não me dei por vencido, e nesse dia,  assisti a um bom filme comendo uma deliciosa canjica. E mais uma vez lembrei-me da minha mãe, com aquelas frases fantásticas que ela dizia: " quem não tem cão, caça com gato". Foi o que eu fiz literalmente: quem não tem pipoca, se vira com a canjica.

Márcia Funke Dieter
2009

sexta-feira, 18 de março de 2011

GENTE!!!
Serei a PATRONESSE da Feira do Livro de Lindolfo Collor em 2011. Como estou me sentindo?
MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO FELIZ!
SUUUUUUUUUUUUUUUUUUPER ORGULHOSA!
Cidade em que iniciei minha vida profissional, anos em que aprendi muito, pessoas maravilhosas que conheci, amigos especiais que conquistei, um lugar bom de viver, bom de trabalhar e melhor ainda de ser PATRONESSE. OBRIGADA PELA OPORTUNIDADE E PROMETO: VOU FAZER O MEU MELHOR!!! ME AGUARDEM!
LOGO, LOGO PUBLICO MAIS NOTÍCIAS......
OBRIGAAAAAAAAAADA!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

E aí mamães, quem já não passou por isso?

Coisas de mãe, como posso explicar?

Hoje minha filha de 5 anos iniciou sua vida escolar na escola de ensino fundamental. Acabou o período tranquilo e integral das escolinhas de Educação infantil, aos pais que ainda usufruem, VALORIZEM, pois é um momento único que não voltará mais.

Durante as férias fui preparando minha filha para a novidade que viria. Elogiei muito a escola, falei sobre tantas e tantas coisas que ela iria aprender e descobrir. A cada dia que passava minha pequena ficava mais animada e não via a hora de ir para a escola. Só esqueci-me de um detalhe: preparar a mim mesma para essa mudança.

Primeiro dia. Arrumada, de banho tomado, cabelos penteados, mochila nas costas e sacolas e mais sacolas de materiais, assim saiu minha filha. Ansiosa, cheia de expectativas e muito, muito feliz ela foi e eu acompanhei-a, claro, também ansiosa, cheia de expectativas e muito, muito insegura, vejam só!

Escola. Muitas crianças correndo de um lado para o outro, mães, pais misturavam-se em meio aquela “loucura” encantadora. Os pequenos se divertiam aos olhos medrosos de seus pais, e sim, eu estava nesse grupo. Nunca imaginei que um dia iria sentir o que eu estava sentindo. Poxa vida, sou professora, já aconselhei vários pais nessa situação, critiquei alguns também pelo excesso de proteção e hoje era eu, Eu, que estava ali diante de tudo isso, me sentido impotente.

Tocou o sinal, frio na barriga. Minha filha olhava para todos os lados tentando descobrir quem, enfim, seria sua professora, e eu olhava para ela. Imaginava como seria depois que eu saísse, e se saísse. Como ela iria se virar sem mim, sem meus cuidados. E se ela caísse, e se ela não encontrasse o banheiro, e se ela não suportasse a pressão na sala de aula? E se, e se...

A professora chegou com uma voz doce, delicada. Foi paixão a primeira vista das crianças para com a professora. Entramos com eles na sala, minha filha logo sentou em uma cadeira junto com alguns “colegas”. Fui até ela, tentei ajudar, ela olhou para mim e disse:

_ Não, mamãe, pode deixar, eu sou mocinha agora.

O QUÊ?????? MOCINHA!!!!!! Da onde ela tirou isso? Você é meu NENÊ! É, quase surtei, vi meu nenê se virando sozinha, e o pior, não queria mais a mamãe ajudando. Aquietei-me um pouco. Chega! Logo ia dar bandeira e os outros pais iam perceber e o mico seria geral, tá, duvido que eles não estivessem sentindo o mesmo, talvez não com tanta intensidade como eu, mas estavam sofrendo, isso eu tinha certeza.

A professora, com aquela “vozinha” de anjo, que podia tranquilizar qualquer ser no mesmo instante, começou a falar. Saudou as crianças, falou de como seria legal aquele ano, com tantos amigos, de como iriam fazer trabalhinhos bacanas, de como iriam aprender, de como iriam se divertir. Conversa vai, conversa vem e aí ela disse o que eu não esperava ouvir tão cedo:

_ Agora vocês vão dar um abraço na mamãe e no papai e depois eles vão para casa e as 11h. e 30 min. vem buscar vocês.

NÃO! Eu não vou conseguir, eu não posso ir, não posso deixar meu nenê. Olhei para ela apavorada e ela olhou para mim com os olhos tão brilhantes que poderiam me cegar, se isso fosse possível. Levantou da cadeirinha e veio em minha direção. Isso! Vem! Ela ainda sente minha falta, vai ser difícil para ela se afastar de mim. Ufa, e eu que achei que seria o fim, nossa que melodramática. Abri meus braços para acolhê-la e ela se acomodou entre eles. Ah, como era bom sentir aquele cheirinho, sentir aquela pele tão macia colada em meu rosto. Não se preocupe minha pequena, a mamãe está aqui, não vou deixar que nada aconteça contigo. E então o inesperado aconteceu.

Ela se desprendeu do meu abraço maternal, olhou nos meus olhos e disse, mais uma vez daquela forma que há poucos instantes dirigiu-me a palavra:

_ Deu mãe, pode ir. Depois vem me buscar, mas espera lá no portão. Eu já sou grande agora.

Agora foi infarto? Ainda não foi dessa vez, mas fiquei fora do ar por alguns segundos, até a hora em que ouvi a professora:

_ Pode ir agora, mamãe!

Aquela voz parecia tão distante e, ao contrário de antes, agora aquela vozinha “ caramelada” me irritava, parecia que vinha das trevas:

_ Agora vá, mamãe. Sua filha agora será minha!

Olhei para a professora, é acho que eu estava em êxtase, olhei mais uma vez para minha filha, esperando quem sabe pelo último suspiro dela, mas nada, nada. Ela nem me olhava mais, estava escondida atrás das cartolinas, lápis de cor, giz de cera, tintas e...E eu fui saindo, fui andando me dirigindo até a porta, desolada, abandonada. Saí e diante dos meus olhos a porta se fechou. E agora o que seria de mim? Estava sozinha, precisava de carinho, de atenção! PÁRA! PÁRA TUDO! Que nada, não foi pra tanto, apenas palavras de uma escritora. Literatura mexe com a cabeça de qualquer um.

Não foi bem assim que terminou, claro, confesso que sofri, cortei o cordão umbilical pela segunda vez, sendo que a primeira foi com 4 meses, mas como da primeira vez aguentei firme. Depois de aguardar alguns minutos em frente à porta fechada, caso ela ainda viesse ao meu encontro, coisa que não aconteceu, decidi me retirar da escola. Entrei no meu carro e de mansinho, com os olhos arregalados para a janela da sala de aula fui partindo, contando os minutos para voltar a vê-la e tê-la de volta ao meu lado. E essa hora chegou, e foi outro susto. Mas, esse, deixo para contar depois, em outra história, pois hoje já ultrapassei minha cota de micos. Coisas de mãe, como posso explicar?

Márcia Funke Dieter
março/2011